sábado, 25 de fevereiro de 2012

ISSO SIM É DE SÉRIA PREOCUPAÇÃO, E EU TE PERGUNTO, VOCÊ ESTÁ MUDANDO SEUS HÁBITOS DE CONSUMO? DIZ QUE AMA SEUS FILHOS E ESTÁ NEGANDO-LHES O FUTURO?

AS PARTES EM ROXO SÃO O GELO ÁRTICO ENTRE A RÚSSIA E A FINLÂNDIA, O AZUL O MAR E DE VERDE A TERRA FIRME, ESTE ANO HOUVE UMA DIMINUIÇÃO 2 MESES ANTES DO INVERNO. SEGUNDO O PROFESSOR GENEBALDO FREIRE E O ATIVISTA BRITÂNICO CRIADOR DA TEORIA DE GAIA, JAMES LOVELOCK, O PROCESSO É IRREVERSÍVEL, VISTO QUE A POSSIBILIDADE DA HUMANIDADE MUDAR RADICALMENTE SEUS HÁBITOS DE CONSUMO É MÍNIMA, O QUE HAVERÁ ENTÃO? UM CONFLITO SOCIAL E MUNDIAL PELOS RECURSOS.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Documentos vazados na internet sugerem que uma organização conhecida por atacar a ciência do clima estaria planejando uma nova ação para tentar minar o ensino do aquecimento global em escolas públicas dos Estados Unidos. Eles são de uma organização sem fins lucrativos em Chicago chamada de Instituto Heartland. O plano é promover um currículo que venha a lançar dúvidas sobre a constatação científica de que as emissões de combustíveis fósseis põem em perigo o bem-estar a longo prazo do planeta. “Diretores e professores estão fortemente inclinados na direção de uma perspectiva alarmista”, relata o documento.
Antes mesmo do vazamento deste documento, cujos termos oferecem uma amostra dos argumentos da campanha contra a ciência do clima, especialistas que defendem o ensino de ciências já estavam se preparando para uma batalha. Eles alertam que os esforços para minar as matérias que tratam de aquecimento global estão se espalhando pelos Estados Unidos e temem uma luta semelhante à travada no ensino da evolução nas escolas públicas.
Em um memorando, o Instituto Heartland reconheceu que alguns dos seus documentos internos tinham sido roubados. Seu presidente, em nota, não confirmou se as versões que circulam na internet desde a última terça-feira foram modificadas ou não, alegando falta de tempo para checar estas informações.
A ONG declarou, em um comunicado de duas páginas, que os termos dos documentos vazados tinham sido falsificados. Porém, o tom e o conteúdo deles foram considerados muito parecidos com o de outros documentos não contestados. Além disso, o Instituto chegou a se desculpar com doadores cujos nomes foram divulgados nestes vazamentos, reforçando a ideia de que eles são autênticos.
Muitos detalhes das operações da ONG, incluindo salários e as ações recentes para angariar recursos, estão descritas. Os documentos foram enviados por e-mail para ativistas climáticos por um remetente que usou o nome “de dentro do Heartland". Rapidamente o material foi republicado em sites que abordam as mudanças climáticas.
A ONG, por sua vez, alegou que os documentos não são de uma pessoa de dentro da instituição, mas foram obtidos por alguém que fingiu ser membro do conselho do grupo e alegou que seu próprio endereço eletrônico estava sendo alterado. “Temos a intenção de encontrar essa pessoa e vê-la colocada na prisão por esses crimes”, disse a organização.
Embora seja mais conhecida nacionalmente por seus ataques contra a ciência do clima, a Heartland se define como uma organização libertária, com interesses em uma ampla gama de questões de políticas públicas. Nos documentos vazados há a estimativa de levantar 7,7 milhões dólares neste ano.
Os vazamentos põem em dúvida se o grupo tem realizado atividades políticas partidárias, uma potencial violação da lei de imposto federal americana para grupos sem fins lucrativos. Por exemplo, o tópico do documento chamado “Operation Angry Badger” é um plano para gastar 612 mil dólares e influenciar o resultado de plebiscitos em Wisconsin sobre o papel dos sindicatos do setor público.
Tributaristas disseram nesta quarta-feira que grupos isentos de impostos foram autorizados a realizar alguns tipos de lobby e de política educacional, mas, por serem subsidiados pelos contribuintes, são proibidos de ter envolvimento direto em campanhas políticas.
Os documentos também mostram que o grupo recebeu dinheiro de algumas das maiores corporações do país, incluindo algumas que há muito defendem a luta contra a mudança climática.
Os documentos normalmente dizem que essas doações foram destinadas a projetos não relacionados à mudança climática, como a publicação de boletins sobre direitos, drogas e política tecnológica. No entanto, várias das empresas se apressaram na quarta-feira a se desassociar da postura desta ONG.
- Nós não endossamos ou apoiamos os seus pontos de vista sobre o ambiente ou a mudança climática - disse Sarah Alspach, porta-voz da GlaxoSmithKline, uma empresa farmacêutica multinacional que figura nos documentos como doadora de 50 mil dólares nos últimos dois anos para apoiar um boletim médico.
Um porta-voz da Microsoft, outra doadora listada, disse que a empresa acredita que “a mudança climática é uma questão séria que exige ação imediata em todo o mundo.” A companhia é apresentada nos documentos como tendo contribuído 59,9 mil dólares no ano passado para um boletim de notícias de tecnologia. Porém, o porta-voz da Microsoft, Mark Murray, disse que esta não era uma contribuição em dinheiro, mas sim o valor do software livre que a Microsoft dá a milhares de grupos sem fins lucrativos.
Talvez o aspecto mais intrigante dos documentos Heartland seja o que eles não contêm: a evidência de contribuições das grandes empresas petrolíferas de capital aberto, que ambientalistas suspeitam de financiar secretamente os esforços para minar a ciência do clima.
Os interesses do setor de petróleo, porém, estão representados. Os documentos dizem que a Fundação de Caridade Charles G. Koch contribuiu com 25 mil dólares no ano passado. Esperava-se que ela contribuísse com 200 mil este ano. Koch é um dos dois irmãos que foram proeminentes defensores de causas libertárias, bem como de outras obras de caridade. Eles controlam as indústrias Koch, uma das maiores empresas do país e refinadora de petróleo.
Os documentos sugerem que a Heartland gastou vários milhões de dólares nos últimos cinco anos em seus esforços para minar a ciência do clima, em grande parte financiada por um “doador anônimo”. Desde quarta-feira começou um jogo de adivinhação sobre quem ele deve ser.
Os documentos dizem que entre 2010 e 2013, o grupo espera ter investido cerca de 1,6 milhão de dólares em financiamento do Painel Não-Governamental Internacional sobre Mudança Climática, uma entidade que publica relatórios periódicos atacando a ciência do clima e que realiza muitas conferências anuais.
O plano mais recente da Heartland, os documentos dizem, é criar um currículo para as escolas públicas no qual a ciência do clima é questionada. Para isso, a ONG separou 200 mil dólares em 2012. O currículo diria, por exemplo, que “se os seres humanos estão mudando o clima é uma grande controvérsia científica”.
O que, de fato, não é uma controvérsia científica. A grande maioria dos cientistas do clima dizem que as emissões geradas por seres humanos estão mudando o clima, colocando o planeta em risco a longo prazo, embora não tenham certeza sobre a magnitude exata desse risco. Porém, há uma grande controvérsia política se, e como, o país vai conter suas emissões de gases de efeito estufa.
O Centro Nacional para Educação Científica, um grupo que teve um sucesso notável na luta para melhorar o ensino da evolução nas escolas públicas, colocou recentemente a questão das mudanças climáticas em sua agenda em resposta aos apelos dos professores que dizem se sentir sob pressão para diluir a ciência .
Mark S. McCaffrey, diretor dos programas de políticas para o grupo, que está em Oakland, Califórnia, disse que os documentos Heartland revelaram que “eles continuam a promover dúvida, confusão e debate onde não há realmente nada”.

JORNAL O GLOBO - CIÊNCIA

Morta há 32 mil anos, uma flor do Ártico renasce

Diversas plantas foram geradas a partir do fruto de uma pequenina flor do Ártico que morreu há 32 mil anos, segundo anunciou ontem um grupo de cientistas russos. O fruto foi guardado por um esquilo em sua toca na tundra, no noroeste da Sibéria, onde passou milhares de anos congelado até ser desenterrado pelos especialistas há alguns anos. As plantas são parecidas com a atual Silene stenophylla.
Esta seria a mais antiga planta recuperada por meio de tecido antigo. Até agora, o recorde era de uma palmeira, gerada a partir de uma semente de 2 mil anos, recuperada numa antiga fortaleza em Masada, em Israel.
Sementes e determinadas células podem durar por milhares de anos sob determinadas condições climáticas, mas muitas alegações de longevidade extrema não resistiram a um exame mais minucioso e biólogos aguardam confirmações independentes do estudo. Histórias de trigo crescendo a partir de sementes achadas em tombas de faraós já foram desacreditadas, por exemplo. Sementes de um tipo de ervilha supostamente de dez mil anos atrás foram achadas em uma mina de ouro soterrada em Yukon, no Canadá. Mas as sementes, datadas posteriormente pelo método do radiocarbono, revelaram-se modernas.
A despeito da polêmica, a nova descoberta está calcada em uma datação de radiocarbono acurada. Um caminho similar de investigação do passado distante, o do DNA antigo, foi primeiro desacreditado depois que o anúncio de um DNA de dinossauro se revelou falso. Mas agora, com métodos mais modernos, produziu excelentes resultados na reconstituição do genoma do Neandertal.
O novo estudo, feito por um grupo coordenado por Svetlana Yashina e Dadiv Gilichinsky, do Centro de Pesquisa Pushchino, da Academia de Ciências da Rússia, foi publicado na última edição da “Proceedings of the National Academy of Sciences”, a PNAS.
— Trata-se de um incrível avanço — afirmou Grant Zazula, do Programa de Paleontologia de Whitehorese, no território Yukon, no Canadá, que revelou que as sementes encontradas na mina canadense eram modernas. — Não tenho dúvidas de que se trata de uma descoberta legítima.
Mas o estudo russo deve demandar muitos pedidos de novas provas de legitimidade.
— Está muito além do que esperávamos — afirmou Alastair Murdoch, especialista em sementes da University of Reading, no Reino Unido. — Quando as sementes ficam expostas a 7 graus Celsius negativos, depois de 160 anos, apenas 2% delas ainda são capazes de germinar.
As sementes usadas no estudo estavam estocadas em tocas de esquilos e ficaram durante todo esse tempo congeladas a temperaturas de 7 graus negativos.

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JORNAL O GLOBO

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Crise e Os Recursos para o Setor Primário

De ninguem escape o fato que, a crise é especulativa e não produtiva. Portanto os recursos para o setor rural devem continuar auspiciosos, dada a constatação que, só com a produção de alimentos e a oferta de produtos as populações mais pobres se aumentará o consumo das classes menos favorecidas. É nobre lembrar que, os recursos do governo federal para as políticas públicas no setor são motivo da saída de milhares de agricultores da condição de miséria antes constatada, digo antes me referindo ao ano de 2003, com a consolidação do pronaf e as políticas de aquisição de alimentos. O que virá a frente só a competência ou não dos gestores mostrará, pois o problema hoje não é mais de recursos, mas de gestão, basta dizer que para o ano de 2009, o governo do estado inaugurará o PROJETO SÃO JOSÉ 3, alardiado como uma nova fase de investimentos produtivos no setor rural, a sociedade rural tem que se mobilizar com seus representantes legais, as associações para ter acesso aos recursos. Onde estará as comunidades e as secretarias de agricultura?